quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Livro Ponto de Fuga

 

Nome: Ponto de Fuga
Autor: Mary Sharratt
Editora: Suma de Letras
Edição: 2007
Páginas: 368
Skoob: www

Sinopse: Ponto de Fuga é uma história de suspense, amor e traição, protagonizada por duas irmãs mascadas pelo infortúnio, que têm os destinos misteriosamente entrelaçados na América no século XVII. A mais velha e provocante May, deixa a Inglaterra para um casamento arranjado com um primo distante, herdeiro de uma plantação de tabaco nas colônias do Novo Mundo. Quando a caçula, Hannah, chega ao local, meses depois, a irmã está desaparecida e o cunhado, Gabriel, está sozinho, afastado de qualquer convívio. Teria May morrido no parto, como ele afirma, ou algo mais sinistro acontecera? Assombrada pela ausência da irmã e atormentada pela inesperada atração que sente por Gabriel, Hannah embarca num verdadeiro labirinto em busca de respostas. Atrama excepcional de Mary Sharratt una aventura, romance e mistério, num desenrolar de acontecimentos dramáticos que testam os limites da verdade, do amor e dos laços entre irmãs.
Antes da resenha em si quero dizer que receber um livro pelo correio é mágico. Participo de grupo Café com Blog e lá existe um projeto de leitura coletiva, o Book Tour. Os interessados se inscrevem no projeto e recebem o livro em casa pelos correios. Tens um mês pra ler e enviar para o próximo da lista. O livro veio da Amanda do Amêndoas e Felpices e foi uma jornada épica até ele chegar, foram dois meses de espera e no pior dia ele chegou. Sabe aquele dia que tu só quer dormir? Ia começar no dia seguinte, mas me forcei e comecei no mesmo dia. Minhas leituras estavam uma semana atrasadas e furei a fila com este, já que tem tempo pra ler. Li em três dias!



Pela sinopse temos uma enorme noção sobre a trama do livro. Ele começa numa vila da Inglaterra do século XVII e termina em meados do século XVIII nos EUA. O livro trás duas personagens principais, May e Hannah. Duas irmãs muito ligadas, separadas pelo casamento arranjado de May com Gabriel, por seu pai. May vai pros EUA colonial sozinha pra casar com alguém que nunca tinha visto, nem trocado cartas, o casamento foi arranjado em segredo pelo seu pai e por seu futuro sogro.

May era a frente de seu tempo. Tão a frente que ainda hoje seria considerada uma vagabunda. Moça de corpo e mente livres, quando via um que chamasse sua atenças transava mesmo e não se importava com a sociedade. Mesmo não se importando tinha medo, ouvia histórias de adulteras e libertinas que haviam sido açoitadas na praça d vila por seus pecados da carne, pecados esses que ela também cometia. O pai só descobriu quando ela "sumiu" com um moço da cidade na frente de todos e estando noiva. Confesso que a traição eu não aprovo, mas sendo solteira ou estando num relacionamento aberto, não me importo nenhum pouco! Claro que relacionamento aberto quase não existia na Inglaterra do 1600, se hoje já é difícil... Um certo tempo depois do acontecido chega uma carta a seu pai da América, dizendo que seu primo aceitava o casamento da filha mais velha com seu único filho. E é a partir daqui que as desventuras começam.



A irmã mais nova, Hannah, nossa segunda personagem principal, fica na Inglaterra cuidando do pai que é médico. Algum tempo depois ele falece e ela sem nenhum parente, apenas sua irmã do outro lado do Atlântico, fica sozinha. Ela vende o que pode e as pressas se muda para o desconhecido e para os braços de sua irmã mais velha, May. O grande problema é que naquela época as cartas demoravam mais de ano para chegar ao destinatário e ela não tinha dinheiro para esperar todo esse tempo e avisar a irmã que estava indo. Foi sem avisar. Hannah era o oposto da irmã. Enquanto May era bela, voluptuosa e aventureira, Hannah era magricela, estudiosa e quieta. Desde muito pequena acompanhava seu pai nas consultas e até em cirurgias. Já mais idoso e de mãos trêmulas, ela que tratava dos pacientes. Tudo sem ninguém saber. O que diriam se uma mulher visse um homem nu, mesmo que para cirurgia? Naquela época, as mulheres nem podiam exercer a medicina.

Chegando no endereço da irmã, uma fazenda de tabaco, encontra apenas o cunhado que lhe diz que May morrera alguns dias depois do parto. Arrasada e sozinha no mundo ela não sabe o que fazer. Gabriel oferece abrigo temporário até ela voltar a cidade. Nesse meio tempo eles se apaixonam. A trama de mistério começa quando ela fica sabendo de rumores dos sobre Gabriel: ele teria matado sua esposa.



Adorei a trama, ela me prendeu muito e como disse antes, li em 3 dias. Ele é muito bem escrito e cada capítulo conta a estória pelos olhos de um personagem, que faz com que o suspense seja ainda maior. O que mais me fascinou foi por ele ser de época e ter sido muito fiel a realidade. Nem estou falando em moda (fiz metade da graduação), a autora descreve muito bem os problemas da época, os medos daquelas pessoas, que são bem diferentes dos nossos. Ela descreveu um Estados Unidos pouco conhecido por mim, um lugar quase vazio e sem nada, ainda cru. Outro ponto muito interessante é que a estória é contada sob o olhar de duas mulheres completamente diferentes entre si e diferentes daquela sociedade arcaica e machista. Mostra muito bem como era a vida da mulher no século XVII e a cada página tinha mais certeza da pesquisa que a autora fez pra escrever o livro.

O problema do livro, que na verdade não é problema do livro e sim meu, é que ele é romance e não gosto de romance. Tirando a melação (huahauhaua) que não são muitas, ele é muito bom! Espero que tenham gostado da resenha e não se esqueçam de ler a resenha da Amanda. Eu ainda não li, só depois que publicar essa aqui é que vou ler, assim sei que não serei influenciada ahahah. Beijos e até a próxima o/

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4 comentários:

  1. =D Amei a resenha! Depois lê a minha tb do JaN, é um livro bem intenso né? Que bom que curtiu! Bom te ver de volta!!!!! \o/

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    1. siiim, to contente por estar de volta. ele superou minhas expectativas hauahuahua

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  2. Oie, Nana! Primeiramente, desculpe ter demorado tanto para responder seu comentário! Sou meio lerda no feedback por causa da correria do dia a dia... já tinha vindo aqui ler alguns textos seus, e fiquei muito contente que você tenha me encontrado!
    Claro que lembro de você! Seu blog era um dos meus preferidos!
    Eu na verdade nunca parei de blogar, só tive longos hiatus. Fui de um blog para outro, acabei perdendo contatos, e tenho o Âmago da Loucura há alguns anos. Ele surgiu mais como um local de desabafo, porém estou querendo mudá-lo, focar em algumas coisas menos sombrias, porque tenho me sentido melhor, de forma geral. Posto pouco porque quase não tenho leitores e às vezes penso "qual o sentido?". Para ter leitores é necessário sair por aí garimpando e comentando blogs, e não tenho nem tempo e nem disposição haha
    E você, como está?

    A sua resenha me instigou, mas, assim como você, não sou muito fã de romances. E nem de histórias de época.
    Fiquei com vontade de participar desse book tour, só que sou muito capitalista e gosto de possuir as coisas, se eu gostasse do livro teria muita dificuldade em passá-lo adiante haha
    Seu blog está ótimo, voltarei mais vezes!

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    1. Meeeeu, tu não tem noção o quanto eu to feliz que tu respondeu e claro que ainda lembra de mim e depois do "meus preferidos" e o final com "seu blog está ótimo, voltarei mais vezes" eu quase chorei! Bem retarda, mas é assim que eu sou hahaha
      foi mais ou menos isso que aconteceu comigo e com os blogs. Tenho muita saudade da parte dark, falta isso pra mim, mas acho que nao tem mais publico pra isso, sei la.
      tbm sou bem capitalista, mas tem algumas coisas que consigo desapegar, livros que não tenho por exemplo. se nao é meu, não fico com dó, mas se é meu... vou levar até pra cova hahahah
      obrigada por vir aqui, fiquei muito feliz em te ter aqui!!
      beijos, tudo de bom!

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