Resenha: Prisioneiros da Inquisição

Olá pessoas das internet, tudo bem com vocês? Como tudo de boas. Hoje seria um outro post, um dos milhares de inspiração pro beda lá do United Blogs, mas como estou cumprindo as metas do 40 coisas em 100 dias, vou resenhar um dos livros que terminei de ler: Prisioneiros da Inquisição. Não sei, mas acho que não deve ser comum alguém resenhar esse tipo de livro.

Nome: Prisioneiros da Inquisição

Autor: Frédéric Max

Editora: L&PM Editores

Ano: 1989, edição de 1991

Páginas: 302

Skoob: www

Sinopse: (não é bem sinopse, é o que diz na contra-capa, mas procurei por uma e não achei) "Permaneci por seis horas no cavalete, desde as quatro horas da tarde até às dez da noite, e durante esse tempo sofri três vezes sete torturas (…) Por fim, minha cabeça foi por eles levantada e meu corpo retirado do cavalete, a água saindo com ímpeto de minha boca. Então eles vestiram meu corpo trêmulo e frio, pois eu permanecera nu durante todo o tempo. Caí duas vezes em transe. Eles me refrescaram com um pouco de vinho e dois ovos quentes, não por caridade, mas para me preservar para outras punições. Se esses sofrimentos não fossem conhecidos como verídicos, poderia parecer, a muitos, incrível que um homem tão aniquilado pela fome e por crueldades extremas pudesse ter sobrevivido."
"A rara e penosa aventura de William Lithgow", trecho do livro Prisioneiros da Inquisição.

 Como o nome já diz, ele conta um pouco como foi na época da Inquisição - que em cada país, no caso reino, durou um período de tempo diferente -. O interessante do livro é que ele é dividido em partes:

Sobre a Inquisição, principalmente na Espanha e Portugal, onde ela foi mais rigorosa e durou por mais tempo;

Histórias reais de ex-prisioneiros. O autor juntou algumas histórias escritas e muitas vezes publicadas pelas próprias vítimas. Pessoas de muita coragem, pois quando o Santo Ofício libertava alguém, uma das exigência era que mantesse segredo sobre tudo que passara nas prisões, sob pena de 200 chibatadas e trabalhos nas Gales (navios da época). 

Dentro os escolhidos do autor, dois sofreram torturas (e ficaram com sequelas pra vida toda) e os outros (assim como esses dois) não podiam falar, gemer, sussurrar, ou seja, sem nenhum tipo de barulho, também sob pela de torturas. Tivemos a história de duas mulheres quaker (lembra aquele cara da aveia??? ele era um quaker. É uma vertente do protestantismo) muito corajosas!

E a terceira e ultima parte o autor cita e comenta alguns romances fictícios, principalmente da época da Inquisição, a maioria exagerados (não que tenha sido leve hahahha) e com elementos nunca relatados por pessoas que foram libertas.

Pra ser sincera a primeira parte do livro é muito massando, muitos nomes de pessoas e lugares, detalhes que fizeram a leitura ficar bem difícil e longa. Já a segunda e a ultima partes, o autor não participa muito, já que os relatos são tirados dos livros dos prisioneiros e dos livros de ficção. Acredito então que o autor de Prisioneiros da Inquisição que tenha uma escrita mais massando mesmo, já que o resto do livro fluiu bem.

Adoro livros históricos, principalmente de assuntos "proibidos" como a Inquisição, ao mesmo tempo gosto e fico com raiva de ficar sabendo do que o ser humano é capaz! 

Nem vou perguntar se alguém se interessou hahah só eu que gosto dessas coisas!!! Até a próxima o/