sábado, 8 de julho de 2017

Livro A Máquina do Tempo

sim, isso no canto inferior esquerdo é uma orelha gatínea
Nome: A Máquina do Tempo
Autor: H. G. Wells
Editora: Francisco Alves
Ano/Páginas: edição de 1991/ 109 páginas
Sinopse: Skoob
Nota: 😻😻😻 

Olá pessoas da internet, tudo bem com vocês? Como esta semana entrei num projeto novo e me comprometi a falar sobre ele ontem (07/07 sexta-feira) a resenha de livro ficou para hoje (08/07 sábado). Antes de tudo, quero avisar que estou participando da Maratona Literária Caférative-se, ocorre de 07/07 até 16/07, são 9 dias de incentivo a leitura com alguns desafios. Entrem no evento para saber mais! Temos mais um clássico e o encaixei em dois desafios, o Clube do Livro na categoria Abandonado e Café com Blog/Interative-se na Virou Filme, pra saber mais do filme, tem o Wikipédia dele.

Um cientista vitoriano chama algumas pessoas para sua casa (onde também fica seu laboratório) para testemunharem a primeira viagem no tempo. Coloca um protótipo em miniatura da nave que esta construindo numa mesa, aciona os botões necessários ao funcionamento da mesma e após alguns instantes ela desaparece. Esta demonstração foi um aviso: terminada a máquina do tempo, ele próprio será a primeira pessoa a viajar no tempo. Ninguém acredita, todos pensam que é algum tipo de truque.




O Viajante do Tempo (é assim que é chamado no livro) faz novamente uma reunião, mas dessa vez com convidados a mais. Nosso interlocutor também estava presente na primeira, todo o livro é narrado por um dos convidados. Mesmo o jantar sendo em sua casa, o Viajante se atrasa e os convidados resolvem começar sem ele. No meio da refeição a porta do comodo se escancara. É o anfitrião! Com o semblante muito cansado e abatido, roupas rasgadas e completamente sujo, faltando até os sapatos, avisa que irá se trocar. Retorna ao aposento, vários lhe fazem perguntas sobre o ocorrido e sua condição, ele os encoraja a primeiro terminar o jantar e logo após falará tudo de uma vez só.

Começa sua narrativa, nela afirma ter viajado no tempo, foi para uma época muito distante, 800.000 a frente, em que existiam duas raças de humanos, os Elois, que vivem na superfície da terra, pacíficos e até ingênuos; e os Morlocks, que vivem no subterrâneo, muito curiosos e agressivos. Vendo aquele mundo completamente diferente, com o passar dos dias vai observando os Elois, começa a filosofar em como chegamos a tal ponto. As civilizações como conhecia não existiam mais, culturas, línguas, costumes e até construções, não existiam mais. Movido pela curiosidade, entra nos domínios dos Morlocks, e foge apavorado de lá. Apresenta aos seus convidados uma teoria, de que os humanos se transformaram naquilo devido a modernidade, a industrialização acima de tudo. O livro nada mais é que uma grande crítica a sociedade da época. Afinal no século XIX tivemos o segundo boom da Revolução Industrial, com a classe operária dos grandes centros urbanos trabalhando umas 14 horas por dia.


e isto são bigodes gatíneos
Se ajeita onde tu estiver sentado que lá vem trechão do livro:
"(...) Não é verdade que, já em nossos dias, o operário dos bairros pobres vivem em condições tão artificiais que praticamente não tem acesso à superfície natural da terra?
Ainda mais, a tendência exclusivista da classe rica - devida, sem dúvida, ao crescente refinamento de sua educação e ao abismo que se abre cada vez mais entre ela e a rude condição dos pobres - já está levando à interdição, em favor dela, de extensões consideráveis da superfície terrestre. Nos arredores de Londres, por exemplo, cerca de metade das mais bonitas zonas campestres é vedada aos estranhos. E esse mesmo distanciamento social cada vez mais agudo - resultando do extenso e dispendioso processo de educação superior e das crescentes oportunidades e tentações que se oferecem aos ricas para a aquisição de hábitos refinados - fará com que o intercâmbio entre as classes, a realizações de casamentos mistos, que hoje retardam a divisão de nossa espécie segundo linhas de estratificação social, se tornem cada vez menos freqüentes. Por fim, um dia teremos na superfície os Ricos, sempre em busca dos prazeres, do conforto e da beleza; e embaixo os Pobres, os Operários, adaptando-se ininterruptamente às condições de seu trabalho.
Uma vez lá embaixo, eles teriam sem dúvida que pagar taxas, e não pequenas, pela ventilação de suas cavernas. Se se recusassem, seriam condenados a morrer de fome ou asfixiados, até o pagamento da dívida em atraso. Os rebeldes e os indigentes acabariam por morrer. No final se estabeleceria um equilíbrio permanente, e os sobreviventes se tornariam tão adaptados às condições da vida subterrânea, e felizes à sua maneira, quanto os habitantes do Mundo Superior às suas. Segundo me parecia, a apurada beleza destes e a lividez estiolada daqueles eram um resultado bastante natural." 


Reflexões tão antigas e tão atuais não é mesmo?! Será que o autor viajou na maionese nesse romance? Será que em 800.000 anos estaremos metade vivendo acima e a outra metade abaixo da superfície? Acho que a humanidade não existirá mais até lá, mas se existir, como seremos? Essas e a desigualdade que criamos entre nossa própria espécie, são questões que ficam martelando na nossa cabeça. Além dessa linda crítica a nossa sociedade, o livro tem uma narrativa que te prende. Quando o li, tinha pouco tempo durante o dia pra leitura, se fosse maior, teria lido em um dia! Nada das teorias do Viajante é comprovado, então estão apenas no mundo das ideias. Dei só três gatos por ser muito curto, uma estória como essa, onde refletimos tanto, nos faz pensar fora da caixa e fora da nossa realidade deveria ser maior.

Espero que tenham gostado da resenha de hoje, eu adorei esse livro e pretendo reler. Aproveitar que é do marido e tenho em casa. No dia das fotos pro post, a Tef não me largava, resultado? Pedaços de uma Tef aparecendo nas fotos. E por falar em fotos, deixo algumas aqui abaixo, adorei o resultado! Me contem nos comentários se já o leram, se querem ler... essas coisas. Até a próxima o/



a Tef adorou a sessão de fotos^^


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Um comentário:

  1. Sabe que tô pra ler esse livro há um tempão, mas sempre fico enrolando? hahahaha Me parece que a narrativa dele é mais rica do que A Guerra dos Mundos, que também é muito bom, mas conta com o mesmo "defeito" de ser curto demais :/ De qualquer forma, é provável que pare de enrolar depois do teu post! *-*
    Um beijo!!

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