Olá pessoas da internet, tudo bem com vocês? E não é que passamos da metade do Projeto 30 Dias, do grupo Café com Blog? Esse desta sendo um verdadeiro desafio mesmo pra mim, vários não faço ideia do que escrever e a maioria dos que estão por vir ainda não sei. Esse é mais um exemplo disso. O tema de hoje é "Texto Solto". Não escrevo textos autorais, não costumo ler poemas... minha veia artística é muito fininha hahaha Então tive a ideia brilhante. Poxa, tenho dois blogs parceiros e ambos tem textos autorais, por que não reproduzir uma trecho deles aqui? Escolhi um de cada, ambos muito lindos e emocionantes. Chega de blablabla!
"A vida é sempre certa no que ocorre, pode não parecer a princípio ou mesmo nunca entendermos como e por quê tais coisas ocorreram. Mas tudo ocorre quando precisa ocorrer. Se nos pareceu que demorou muito ou pouco, aí a conversa é outra. O entendimento de cada um é pessoal, subjetivo. A questão é que, no fim das contas, as coisas fluem como devem.
Ligo o chuveiro com certa dificuldade, a torneira está dura demais para minhas mãos e parece que todo meu corpo precisa trabalhar para girá-la.
Com a mesma rapidez que a água enche minhas mãos juntas em concha, ela se esvai por elas, num ciclo infinito que não parece ter início ou fim. O conhecimento de que é impossível contê-la por completo não me impede de tentar fazê-lo. Abro os dedos e deixo que desça pelo ralo. Fecho as mãos mais uma vez e, agora, jogo a água acumulada em meu rosto, sua temperatura quente fazendo meu corpo inteiro se aquecer.
Assim que termino o banho, sigo para meu quarto, o armário range a porta ao abrir, e escolho aquele vestido de flores que Malu tanto gosta. Ela sempre elogia quando estou vestindo e há um bom tempo que eu sequer me preocupava com o que iria vestir, não importava muito. Talvez hoje ainda não importe.
Pego o estojo de maquiagem e começo a passar lentamente o pó em meu rosto, o rímel e o batom. Com todo o tremor de minhas mãos, é impossível que fique perfeito, mas essas são duas coisas as quais já me acostumei.
O telefone toca e vou até o criado-mudo para atender, mesmo já sabendo o que irão me falar na outra linha. Meu desejo de estar lá não foi ouvido, assim como não recebi nenhuma ligação avisando que ela iria para o hospital. Mas, tem coisas que não precisam ser ditas, apenas sabemos." Termine de ler aqui.
Um conto sobre a renovação da vida! Quer saber mais da Renata? Leia a entrevista que ela deu aqui pro blog e a resenha que fiz do livro Scarlet - A Garota da Capa Escarlate.
"Eu tinha 21 anos, fiz o teste de gravidez no banheiro de casa e descobri que estava grávida.
Eu não me senti apavorada, em nenhum momento pensei se meu namorado aceitaria ou não, eu não estava nem um pouco preocupada com isso, minha preocupação era a mãe que eu seria, como ia ser dali por diante.
Incrível como alguns momentos da vida a gente olha e sabe quanto são cruciais, eu não esperava ter um bebê, pelo menos ainda não, tomamos todas as precauções e por um descuido, que eu sinceramente sequer lembro qual foi, ali estava eu no banheiro me descobrindo grávida.
A notícia me deixou atordoada, eu não contei pra ninguém, nem para o Chris, eu queria me adaptar primeiro, e então eu poderia dizer as palavras em voz alta.
Quando eu decidi que era a hora já havia se passado mais de uma semana.
Ele aceitou bem, ficou feliz e disse que iria me apoiar, quanto a casar ou coisa assim decidimos que talvez fôssemos morar juntos antes do bebê nascer porque ele queria estar perto e me ajudar em tudo. Não posso reclamar dele, era um homem incrível, já com seus 26 anos, nunca foi um galinha baladeiro, sempre me tratou bem e acho que era justamente por isso estávamos juntos há 3 anos quando eu engravidei.
Com 4 meses e meio de gestação estávamos com o apartamento pronto e sabíamos que teríamos uma menina. Achei que ele ia ficar decepcionado, mas ele gostou da ideia de ser pai de uma princesinha.
Durante toda a gestação nós nos aproximamos muito um do outro, aprendemos mais sobre nós e consolidamos uma união saudável.
Uma noite aos 7 meses de gravidez eu percebi o quanto a minha filha havia transformado a minha vida, ela nem tinha nascido ainda e já tinha revirado tudo, por dentro e por fora.
O parto foi tranquilo, foi natural e eu pude sentir minha Felipa vindo ao mundo pouco a pouco, o nome escolhemos juntos, achamos ele lindo e, desde que escolhemos, sempre nos referimos a ela como a nossa Felipa.
Vê-la foi uma das coisas mais lindas que eu me recordo de ter vivido, os cabelos castanhos, o rostinho inchado e o choro sentido de estar num mundo novo e desconfortável.
Depois daquele dia tudo é novidade, cada coisinha me faz sentir que eu não sei nada sobre ser mãe, eu não sabia que era tão difícil trocar fraldas, nem que o nascimento dos dentinhos iriam fazer meu coração se partir tanto, ouvindo aquele chorinho dolorido das gengivas se rasgando.
Com a minha filha eu aprendi que estar errada é uma constante, perdi a conta, de quantas pessoas palpitaram e disseram todas as coisas que eu deveria ou não fazer. Eu me apavorava com facilidade porque eu achava realmente que estava errada, eu queria ser uma boa mãe, mas a minha bebê não parava de chorar, me tirava o sono, me fazia sentir exausta e eu me sentia feliz e desolada, como se o parto tivesse simplesmente me quebrado ao meio." Termine de ler aqui.
O texto mais realístico sobre maternidade que já li! Quer saber mais sobre o blog Parágrafo e Sentimento? A criadora do projeto e algumas autoras deram entrevista pro blog.
As imagens foram retiradas dos posts dos blogs. Espero que tenham gostado e até a próxima o/
Amor, amor! Adoro esse texto da Lila!!! <3 <3
ResponderExcluirE obrigada por selecionar um dos meus contos para o seu projeto!!! Yey! Fico feliz demais da conta sô! hehehe (leia na entonação mineirística, tá?! kkkk).
xoxo
Rê
Não tem como não ler em entonação mineiristica hahah
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